O 23º Seminário FNLIJ Bartolomeu Campos de Queirós e o 18º Encontro de Escritores Indígenas “2030: Infância, Literatura, Sustentabilidade”, em edição virtual devido ao contexto da pandemia da Covid-19, propõe a discussão sobre o importante, e necessário, elo entre literatura infantil e juvenil e sustentabilidade para o diálogo com crianças e jovens sobre a vida no planeta.
A primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, no ano de 1992, a Eco-92, foi marco sobre como a humanidade encara sua relação com o planeta. Puxando o fio da história institucional, a FNLIJ, a convite da embaixada da França no Rio, esteve presente na Rio 92 com uma exposição de livros sob o título “Literatura e Ecologia” no museu da Imagem e do Som. Com a participação da FNLIJ, este ano, no projeto Clube de Leitura, da ONU, selecionando livros em português que dialoguem com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, os ODS, e a dramática situação climática do planeta retomamos o compromisso institucional de então agora com a Agenda 2030.
Ao propor a literatura como ponte para levar crianças e jovens a conhecerem os ODS, a iniciativa da ONU com o Clube de Leitura destacou a literatura infantil e juvenil como relevante na formação educacional e cultural desse público.
Os artistas – escritores e ilustradores – ao ressignificarem a realidade por meio da ficção, escrita e pictórica, revelam a complexidade do ser humano e do seu entorno, nos levando a pensar, refletir e agir sobre ela.
O engajamento das novas gerações à causa depende, e muito, das narrativas e histórias que elas ouvem e que leem, e das conversas no cotidiano. Conhecer o que pensam e o que têm a dizer, sobre o tema e os livros que lhes apresentamos para leitura é a base para que o diálogo com elas inspire ações transformadoras na relação si próprio, com o outro, próximo e distante, e com o planeta, nossa casa comum.
Reafirmando sua missão institucional de difundir a literatura para crianças e jovens, a que todos têm o direito de ter acesso e dela usufruir, como bem pessoal e coletivo, a FNLIJ ressalta o seu valor como vetor de mudanças e em particular às referentes a salvar o planeta.
Bibliotecas nas escolas e bibliotecas públicas, com acervos atualizados, já!
23º Seminário FNLIJ Bartolomeu Campos de Queirós A arte nos livros para crianças e jovens: Prêmios FNLIJ
“O grande patrimônio que temos é a memória. A memória guarda o que vivemos e o que sonhamos. E a literatura é esse espaço onde o que sonhamos encontra o diálogo. Com a literatura, esse mundo sonhado consegue falar.“
Bartolomeu Campos de Queirós ( 1944 /2012)
O Seminário FNLIJ 2021 tem como tema 2030: Infância, Literatura, Sustentabilidade. A programação é composta pelos leitores votantes, e autores premiados pela FNLIJ.
18º Encontro de Escritores Indígenas
Nossa Gente é um Rio, seu Destino é Correr: Literatura e Resistência em tempos sombrios.
Sobre o Encontro de Escritores Indígenas
Realizado pelo Instituto UKA – Casa dos Saberes Ancestrais em parceria com a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), o Encontro de Escritores Indígenas faz parte da programação do “Seminário Bartolomeu Campos de Queirós” e vem sendo realizado anualmente durante o Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens desde sua primeira edição em 2004. Em seus primeiros anos, o evento foi organizado pelo Instituto Brasileiro para Propriedade Intelectual (Inbrapi) por meio do Núcleo de Escritores e Artistas Indígenas (NEArIn). O Encontro de Escritores e Artistas Indígenas visa promover o incentivo à leitura e produção literária de povos originários, ao que atualmente denominamos de literatura indígena.
A Literatura Indígena, especialmente a que é produzida para o público infantil e juvenil, se apresenta nos dias atuais como um caminho para a construção de uma sociedade cada vez mais consciente de sua diversidade cultural e para compreender o papel social dos povos indígenas na formação da identidade nacional.