Projeto do Instituto Goethe recebe a dramaturga Dione Carlos e a atriz e poeta Luz Ribeiro para conversar sobre o espetáculo teatral “Black Brecht – E se Brecht fosse negro?” (2019), livremente inspirado em “O Julgamento de Luculus”, de Bertolt Brecht
A peça, que agora foi editada em livro, escrita por Dione Carlos, dirigida por Eugênio Lima e encenada pelo coletivo Legítima Defesa, levou para o palco reflexões sobre classe, raça, gênero e o legado colonial, lançando o questionamento sobre o poeta alemão – “E se Brecht fosse negro?” – e tantas perguntas que se desdobram a partir dele: “Qual seria o lugar ocupado pela raça? Sua obra seria lida em uma perspectiva interseccional? Seria possível construir um espetáculo sobre uma perspectiva afrobrasileira diaspórica da obra e dos procedimentos de Brecht?”.
Dione Carlos é dramaturga formada pela SP Escola de Teatro. Cursou Jornalismo na Universidade Metodista de São Paulo. Atua como dramaturga em parceria com companhias de teatro. Possui quinze textos encenados. É orientadora artística do Núcleo de Dramaturgia da Escola Livre de Teatro de Santo André. Responsável por diversas curadorias nacionais e internacionais em festivais de Artes Cênicas. Foi convidada pela Embaixada do Brasil na Grécia para representar o Brasil no Dia Internacional da Língua Portuguesa, tendo palestrado no Museu da Ácropole em Atenas, em maio de 2019. Representou o Brasil na Semana Internacional de la Dramaturgia Contemporánea, no México, em 2020. Lançou seu primeiro livro em 2017: “Dramaturgias do Front”, com três peças, além de integrar as coletâneas “Dramaturgia negra”, “Maratona de Dramaturgia”, “Tempos Impuros”, “Nenhum álbum” e “Negras Insurgências”. Acaba de publicar “Black Brecht – E se Brecht fosse negro?”, pela editora Glac.
Luz ribeiro prefere pousar em redes de balanços e afetos, @luzribeiropoesia tem alguns seguidores, mas luz sonha em ter sempre com quem seguir. Luz é coletiva: slam das minas-sp e coletivo legítima defesa, escreve desde que fora alfabetizada e nem por isso se acha poeta, sonha com o dia que será poesia. Campeã do “slam flup nacional” (2015), campeã do “slam br” (2016) e semifinalista da “coupe du monde de slam de poésie” (frança, 2017). Protagonizou um dos capítulos da série “bravos” na tv brasil. Autora dos livros: “eterno contínuo” (2013), “estanca” e “espanca” (2017). 32 anos, raiou no verão de São Paulo, gosta de escrever com letrinha minúscula, nasceu antes de aquário pra presa não ficar. Luz é: mar-mãe de ben e filha-mar de odoya.
Fonte: Instituto Goethe