Quantos livros o leitor tem em casa? Onde gosta de adquirir seus livros? Lojas físicas? Internet? Livrarias? Sebos? A *5ª. Edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, maior e mais completo estudo sobre o comportamento leitor do brasileiro, responde a essas e outras perguntas.
Livros em casa
Na média, os brasileiros a partir de 5 anos de idade têm 36,1 livros no lar. O leitor de livro de literatura é quem tem mais livros em casa (53,0 unidades em média), enquanto o leitor de livros em geral tem 44,2 livros em média.
Compras físicas x on line
A pesquisa constatou ainda que nos 3 meses anteriores à entrevista, 36% dos leitores de livros adquiriram o último livro lido comprando-o em lojas físicas ou internet e; considerando apenas os leitores de literatura, esse percentual é de 32%. Do total de leitores de livros, 21% receberam o livro de presente (19% no caso de leitores de literatura). O empréstimo por parte de bibliotecas ou escolas foi a forma como 13% dos leitores e 16% dos leitores de literatura tiveram acesso aos livros. Empréstimo por parte de amigos ou familiares foi citado por 11% dos leitores de livros e por 13% dos leitores de literatura. E 4% de ambos os tipos de leitor baixaram livros pela internet.
Sem contar livros didáticos, 35% dos brasileiros que já adquiriram livros o fizeram em livrarias físicas em 2019 (eram 44% em 2015). As bancas de jornais foram o segundo local mais citado para a compra de livros em 2019 (14%), em um patamar próximo das livrarias online (12%) – em ambos os casos, os percentuais observados em 2019 apresentaram uma variação negativa em relação a 2015. Além disso, 9% daquelas que já adquiriram algum livro em 2019 o fizeram em sebos (8% em 2015) e as bienais e feiras de livros representaram 6% tanto em 2019 como em 2015.
De acordo com a pesquisa, estima-se que 44 milhões de pessoas compraram algum livro nos 3 meses anteriores à realização da pesquisa, independentemente do formato (no papel ou digital), sem contar xerox e apostilas, o que representa 23% da população com 5 anos ou mais (eram 26% em 2015). Já 77% disseram não ter comprado livros nos 3 meses que precederam a entrevista, proporção semelhante à identificada em 2015 (74%).
*Sobre a Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil
Realizada a cada quatro anos, a Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil é a única pesquisa nacional que tem por objetivo avaliar o comportamento leitor do brasileiro. Realizada desde 2007, pelo Instituto Pró-Livro, cuja missão é contribuir para que o Brasil seja um país de leitores, a pesquisa chega à 5ª edição com novo parceiro e muitas novidades. O IPL contou, nesta 5ª Edição, com a parceria do Itaú Cultural para a sua realização. Em um processo de constante aperfeiçoamento, o número de entrevistas foi ampliado de 5 mil para 8 mil, permitindo a leitura dos resultados por capital, além das cinco regiões brasileiras. Esta edição também dedicou um módulo específico aos hábitos de leitura de literatura dos brasileiros, com mais dados sobre os fatores e influências no interesse por literatura, autores preferidos e formatos e/ou dispositivos escolhidos.
O objetivo da Retratos de Leitura é conhecer o comportamento do leitor brasileiro com 5 anos ou mais (alfabetizado ou não), medindo a intensidade, forma, limitações, motivação, condições de acesso ao livro (impresso e digital) pela população, orientado por sua missão de contribuir com as políticas públicas e expandir o público leitor. A coleta de dados foi encomendada ao IBOPE Inteligência, através de entrevistas domiciliares, face a face, com registro das respostas em tablets, e aconteceu entre 28 de outubro de 2019 a 13 de janeiro de 2020, ou seja, meses antes da pandemia de coronavirus, não havendo, portanto, interferência dessa situação na realização ou nos resultados da pesquisa.
No total, foram realizadas 8076 entrevistas, em 208 municípios, sendo 5874 nas capitais de 26 estados. Os resultados da pesquisa podem ser analisados para o total do Brasil, pelas cinco regiões e por capitais, e eles foram ponderados considerando os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) de 2017, do IBGE. Com um intervalo de confiança estimado de 95%, a margem de erro máxima estimada é de 1,1 p.p. para mais ou para menos,