Em Santo André, projeto iniciado dentro da sala de aula, hoje atinge os entornos da escola promovendo uma circulação de exemplares entre toda a comunidade Se existe uma verdade sobre os livros é que são objetos que podem circular, e que precisam, para superar o seu valor como produto, que sejam lidos pelo maior número de pessoas possível. Nesse sentido, não há nada mais potente para difundir a leitura e a literatura do que promover um intercâmbio de títulos entre aqueles que os possuem, fazendo assim com que essa ciranda literária torne-se um fluxo de informação, saberes, narrativas e culturas passadas de mão em mão. Foi com esse intuito, o gesto simples de trocar livros, que numa sala de aula dentro da E. E. Professora Inah de Mello surgiu o projeto “Feira de troca de livros”. É claro que ele não parou por aí: afinal, na troca, quanto mais gente envolvida, mais variados são os objetos trocados. E respondendo a essa expectativa, o projeto se espalhou para fora dos muros da escola e hoje conta com bancas de livros de todos os gêneros, inclusive livros adaptados para os alunos de inclusão. A troca corre solta entre alunos e comunidade do entorno e, além das bancas, o projeto conta ainda conta com a presença de ilustres escritores, oficinas, palestras, e muita história pra contar. E, por último, mas não menos importante: tudo isso oferecido na mais absoluta gratuidade . “É um projeto bem interessante que, segundo a proposta, envolve toda a comunidade escolar ao longo dos 7 anos de existência, incluindo profissionais que atuam em setores como a limpeza”, comenta Neide de Almeida, avaliadora do Prêmio IPL Retratos da Leitura. “Por ser uma escola grande, o projeto atende um número também grande de alunos, além de ampliar ações para comunidade, que tem acesso a livros disponíveis em diversos locais do entorno da escola”, observa a avaliadora.