Por Leonardo de Sá Biblioteca é responsável por promover um acervo em braille, consumido por um público de todas as idades Para que possam democratizar o seu conhecimento e atingir todos os públicos, não basta que as bibliotecas ampliem o seu acervo ou promovam ações inovadoras em seu atendimento. É preciso também que se preocupem com o modo como vão se preparar para que estejam acessíveis a todos os tipos de público – entre eles, as pessoas com deficiência visual. Sendo assim, desde 2011, a Biblioteca Pública Municipal da cidade de Lagoa Santa, localizada no estado de Minas Gerais, oferece o serviço de acesso a informação para as pessoas com deficiência visual da cidade, ofertando o contato com livros acessíveis e promovendo a inclusão digital de pessoas com deficiência visual. A chamada “Sala Braille” funciona em um espaço no prédio da própria biblioteca, com uma entrada independente. O grupo de frequentadores do espaço é formado por leitores de perfil variado, entre eles crianças, jovens, adultos e idosos. Atualmente, o maior empecilho enfrentado pela biblioteca para dar continuidade às suas ações é garantir a sua execução com as mínimas condições de funcionamento adequado, que nem sempre são possíveis dada a sua estrutura. “Este projeto mostra como ações do dia a dia da Biblioteca podem garantir o direito de acesso aos bens culturais à pessoas com deficiência visual, e como isso pode impactar de forma determinante a vida das pessoas. A relação entre os objetivos da proposta, a metodologia, seu desenvolvimento e os resultados é bem delineada”, analisa Sandra Medrano, avaliadora do Prêmio IPL Retratos da Leitura.