Adriana Ferrari, presidente da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, selecionadora do Prêmio IPL, destaca a importância da redação dos projetos feitos pelos proponentes. Adriana defende clareza e apresentação de objetivos, resultados e métricas que permitam aos avaliadores entender as iniciativas Quais os principais requisitos/atributos que você considera para avaliar um projeto como exitoso e indicar como finalista do Prêmio IPL? O impacto, a clareza do propósito do projeto e as evidências de que esse está dando certo, está alinhado e atingindo os objetivos que foram propostos. A orientação que eu tenho para quem for cadastrar uma iniciativa de fomento à leitura é a clareza na redação. Isso porque o proponente sempre está muito envolvido com o projeto e tem com ele uma relação emocional. Mas ele precisa ter em mente que está descrevendo-o para uma pessoa que não conhece a iniciativa. Então eu acho que a chave do sucesso é a boa redação, mostrar resultados, mostrar dados e evidências objetivas. Com isso nós teremos os elementos para sermos, como selecionadores, bem justos na avaliação. Sobre os resultados, eles precisam ter relação direta com os objetivos? Eu acho que isso é o mais importante, porque a gente fala em premiações de projetos, mas que de fato já não estão mais no âmbito do projeto, já são ações, atividades. Se a iniciativa ainda está apenas no escopo de projeto, não é o que a gente procura. A gente busca ações que já estão sendo realizadas e que são exitosas. Então uma coisa boa de se apresentar são métricas: quanto atingiu, quanto se esperava atingir, quais foram as surpresas. Porque às vezes as surpresas também são importantes, isto é, você modela um projeto mas, de repente, você tem outros resultados porque a comunidade reagiu de uma certa maneira, ou porque os organizadores entenderam que tinham que fazer uma correção de percurso etc.