Com 215 mil inscritos e 8,5 milhões de visualizações, canal comandado pela jornalista Isabella Lubrano se destaca pela consistência dos conteúdos que ajudam os leitores a compreender os os livros que apresenta O canal Ler Antes de Morrer pretende ser uma espécie de “almanaque” sobre literatura no YouTube. Os vídeos não trazem críticas literárias, tampouco são aulas de literatura. “A ideia sempre foi despertar a curiosidade pelos livros. Por isso, os vídeos são recheados de curiosidades, notas sobre a biografia dos autores, breves contextualizações históricas que ajudem a compreender os os livros, entre outras estratégias. O foco do canal são os clássicos da literatura brasileira e mundial”, conta Isabella Lubrano, criadora do projeto. O projeto surgiu como um blog amador em 2011. De acordo com sua idealizadora, o canal foi criado primeiramente como um hobby, mas depois se profissionalizou. “Hoje, é o meu trabalho: sou uma privilegiada que conseguiu achar um meio de pagar as contas falando sobre o assunto que mais me encanta, a literatura”, diz Isabella. A profissionalização veio em 2015, quando Isabella o conteúdo migrou para o YouTube. Na época, o projeto contou a orientação estratégica de mentores da própria plataforma (YouTube Space).“Hoje, já reunimos uma comunidade de mais de 215 mil inscritos apaixonados por literatura. Todas as semanas, há dois novos vídeos no ar: resenhas literárias, listas, brincadeiras, discussões, divulgação de lançamentos e muito mais”, conta Isabella. O principal chamariz do canal é a sua meta ousada: ler e resenhar 1001 livros. A jornalista já ultrapassou a marca de 200. Atualmente, O Ler Antes de Morrer é um dos maiores canais sobre literatura do Brasil, com mais de 400 vídeos publicados que já receberam 8,5 milhões de visualizações. Além disso, a iniciativa foi indicada em 2018 como um dos finalistas do Prêmio Jabuti na categoria Inovação – Formação de Novos Leitores. “A iniciativa destaca-se entre os canais de YouTube destinados à literatura pelo equilíbrio entre consistência e linguagem informal”, diz Manuel da Costa Pinto, da comissão avaliadora do Prêmio IPL. “A youtuber não se apresenta como crítica literária, mas suas leituras demonstram grande segurança, apesar do tom por vezes teatral, irreverente, que emprega nas análises – mais afeitas ao público adolescente e jovem”.