Projeto da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais (Banco de Livros) monta espaços de leitura dentro das unidades prisionais com o objetivo de dar acesso ao livro e à leitura aos apenados O Passaporte para o Futuro já instalou 98 espaços de leitura nas casas prisionais do Rio Grande do Sul e capacitou servidores, que fazem o atendimento junto aos apenados e familiares. O resultados são oficinas de leitura e escrita, a publicação de três volumes do livro “Vozes de um tempo” e aprovações no ENEM Carcerário. Os organizadores do projeto entendem que um dos seus papéis na sociedade é o de serem agentes de implementação de ações educativas e culturais, que façam o conhecimento circular e chegar até as pessoas que não possuem o acesso à leitura, proporcionando aos beneficiados o acesso à informação, reduzindo assim as desigualdades sociais e culturais. “O projeto foi elaborado pelo Banco de Livros após iniciamos o diagnóstico das unidades prisionais e o perfil do público de cada uma delas”, diz Neli Miotto, bibliotecária gestora do Banco de Livros. “Com base nessa radiografia, o Banco de Livros, em parceria com os demais Bancos Sociais, construiu mobiliários, tapetes, cortinas, estantes, computadores e livros”. Passo a passo da instalação dos Bancos de Livros Todos os materiais que são provenientes de doação da sociedade civil são restaurados, higienizados e doados para a montagem dos espaços de leitura nas unidades prisionais. Enquanto acontece a produção dos materiais, o Banco de Livros seleciona as obras e capacita os Agentes Penitenciários e Técnicos para atuar dentro das Unidades junto aos presos. Após a capacitação, é feita a doação e entrega dos materiais e livros e é inaugurado o espaço de leitura. A informação passa a ser disseminada dentro das galerias, nas quais os presos elegem um representante, que semanalmente realiza a troca dos livros no espaço de leitura. Como funcionam as atividades As oficinas acontecem quinzenalmente e são ministradas pelos técnicos (pedagogos, psicólogos, assistentes sociais e oficineiros) ofertando leituras, reflexões e discussões sobre as obras lidas. Ainda, os apenados são convidados a produzirem textos acerca das obras e da sua rotina. Os textos são enviados à coordenação do projeto que, juntamente com um comitê de 5 pessoas, faz a seleção para a publicação bianual do livro “Vozes de um Tempo”, sempre lançado na Feira do Livro de Porto Alegre, com direito aos apenados participarem do coquetel de lançamento e sessão de autógrafos da sua obra. Resultados O Banco de Livros já entregou cerca de 150.000 obras aos estabelecimentos prisionais gaúchos. Pelo projeto já foram lançados 3 volumes do Livro “Vozes de um Tempo”, nas feiras do Livro de Porto Alegre em 2013, 2015 e 2017. O projeto já proporcionou a participação de mais de 700 apenados com textos e desenhos. Quer saber mais sobre o Passaporte para o futuro? Então acesse o site da iniciativa, clicando aqui.