Mansur Bassit é secretário de Economia da Cultura, do Ministério da Cultura. Anteriormente, passou cerca de seis anos à frente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), responsável por organizar o Prêmio Jabuti, a premiação literária mais importante do país. Em conversa com os jornalistas da Plataforma Pró-Livro, ele comentou sobre a importância que o Prêmio IPL tem para a construção de um Brasil leitor: Como foi sua experiência como jurado do Prêmio IPL? Minha experiência foi super interessante. A gente sabe que há várias ações espalhadas pelo país, mas, enquanto jurado, acabei me deparando com projetos dos quais eu nunca tinha ouvido falar e conheci as iniciativas novas do universo do livro e da leitura. O que mais chamou sua atenção nos projetos que concorrem ao Prêmio? Me chamou atenção o fato de vários projetos estarem focados em acessibilidade para pessoas com baixa visão ou surdos, relacionados aos sentidos que envolvem a leitura. Qual é a importância de um premiação como a Retratos da Leitura para a transformação do Brasil em um país de leitores? O Prêmio dá visibilidade e fortalece toda a cadeia do livro, leitura e biblioteca. Contribui para a viabilização e fomenta de novos projetos. Colabora também com a formação de redes de pessoas que trabalham em projetos de leitura. Eu presenciei a primeira edição do Prêmio IPL e acompanhei de perto a formação de uma rede. Neste ano ela será ampliada. Premiar bibliotecas é uma forma de contribuir para mobilizar governos a investir mais em bibliotecas públicas? Com certeza. É uma forma importante porque a biblioteca tem que ganhar visibilidade. Precisamos reverter a visão de que ela é um prédio com portas, paredes e livros, com uma bibliotecária com cara de brava. O Prêmio ajuda a mostrar para o público como as bibliotecas devem ser vivas e estar sempre de portas abertas, como espaços de fomento à cidadania e de acesso à informação.