Conheça projetos desenvolvidos nos espaços mais democráticos de acesso à leitura de nosso país que concorrem ao Prêmio IPL Retratos da Leitura Uma sociedade que reconhece o valor da leitura luta pela criação e pela manutenção de bibliotecas. No entanto, no Brasil, ainda há um longo caminho a percorrer até todos os cidadãos terem seu direito à literatura garantido. Enquanto isso, muitas pessoas trabalham para reverter o quadro. Por isso, o Instituto Pró-Livro considera fundamental reconhecer iniciativas desenvolvidas por bibliotecas em seu Prêmio IPL Retratos da Leitura. “Na categoria biblioteca ficou evidente a força de alguns projetos que conseguem levar a leitura para públicos e lugares que sobrevivem à falta de políticas públicas, infraestrutura e também à falta de uma política cultural aliada a um projeto de desenvolvimento econômico e social. Fazendo de tudo para criar um acervo, propor atividades para trazer novos leitores e criar centros irradiadores de cultura, estas bibliotecas são pontos de luz em meio à escuridão”, diz Roberto Catelli Jr., da comissão selecionadora do Prêmio. O IPL apresenta as bibliotecas finalistas do Prêmio IPL Retratos da Leitura: Anjos da leitura – Centro Comunitário de Brejo Santo – CECOM Origem: Brejo Santo/CE Anjos da leitura é um projeto da biblioteca comunitária do Bairro do Renê Lucena dentro do Centro Comunitário de Brejo Santo – CECOM. É formado por um grupo de oito jovens que saem de porta em porta, fazendo o cadastro de famílias para receberem um momento de lazer através da leitura e da interpretação de textos, dentro de suas residências. Bibliotecajuda – Associação Multiculti Arraial d’Ajuda Origem: Porto Segura/BA A Associação MultiCulti BibliotecAjuda é a única biblioteca do povoado de Arraial d’Ajuda, Bahia e se propõe a incentivar e fornecer a população em geral, mas principalmente aos jovens e crianças da periferia, acesso à leitura e bens culturais. Há mais de mil usuários cadastrados frequentando o espaço, que oferece uma variedade de cursos e atividades culturais que vão desde a cursos de inglês, aulas de xadrez, ballet e projeções cinematográficas. Desabrochar – Biblioteca Municipal Miguellina Bittencourt de Araújo Origem: Abaetetuba/PA O presente projeto se constitui em uma estratégia de organização do trabalho docente, que é realizado no espaço infantojuvenil da biblioteca desde 2015, e oferecer ao público (alvo crianças e adolescentes) um contato direto com o maior número possível de atividades portadoras da língua escrita. As atividades trabalham o processo de aquisição da leitura, atreladas à outras práticas educativas consideradas de fundamental importância para que se dê uma formação de qualidade. Escola de escritores – Biblioteca Municipal Murilo Mendes Origem: Juiz de Fora/ MG Um encontro semanal com crianças de 6 a 11 anos, para oficinas de leituras e criação de textos, com o objetivo de fazê-las gostar de ler e escrever. Um espaço para leitura e escrita, para descobertas, inquietações e investigações. Um momento para trabalhar a literatura e toda a ludicidade que esta oferece. Com duração de uma hora e meia por encontro, a aula parte da leitura de um livro ou de uma história contada e segue com uma oficina que explora todas as possibilidades de se brincar com o texto. Leitores e mediadores em ação – Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage – FUNALFA Origem: Juiz de Fora/MG As ações de incentivo e de mediação com a leitura propostas pela Biblioteca Regional Delfina Fonseca Lima traduzem a importância e o reconhecimento da leitura como fator de libertação, de conscientização, de arte e de cultura, de deleite e de humanização. Tendo como sede um bairro da Zona Norte da cidade de Juiz de Fora/MG, traz como meta buscar a interação entre a população do bairro e da região com a literatura. Lendo com os olhos da alma – Biblioteca Municipal “Dr. Abelardo Vergueiro César” Origem: Espírito Santo do Pinhal/SP Há aproximadamente três anos é desenvolvido um trabalho junto aos deficientes visuais, que visa desenvolver atividades culturais acessíveis, promovendo a inclusão dos mesmos no âmbito cultural. Entre as ações desenvolvidas destaca-se a Hora da Leitura, que ocorre todas às sextas-feiras, na qual já foi possível ler e discutir livros dos mais variados estilos. Ler é legal – Ministério Público do Distrito Federal e Territórios Origem: Brasília/ DF Criado para incentivar a leitura entre as pessoas que circulam pelo sistema de Justiça. Consiste no empréstimo de livros variados a qualquer pessoa, esteja ou não vinculada a algum processo judicial. Os interessados também podem levar livros a pessoas de sua convivência (familiar ou amigo). Os livros também têm sido usados para diminuir as condições de medidas penais. Parnamirim, um rio que flui para o mar da leitura – Prefeitura Municipal de Parnamirim Origem: Parnamirim/RN O Projeto “Parnamirim, um rio que flui para o mar da leitura” congrega, a partir da Biblioteca Municipal Rômulo Wanderley, 53 bibliotecas escolares da rede municipal de ensino e, conforme preconiza a lei municipal de Nº 1563, de 27 de dezembro de 2011, garante a política de formação de leitores, bem como oficializa a função dos profissionais mediadores, envolvendo a comunidade de forma que seja democratizado o livro para todos os munícipes. Programa Prazer em ler – Associação Ideologia Calabar Origem: Salvador/BA O Prazer em Ler, nos últimos dez anos, desenhou estratégias para aprimorar e conectar bibliotecas comunitárias, espaços fundamentais de acesso, fomento e garantia do direito humano à leitura, em diversas comunidades do país. O programa foi construído dialogicamente no contato entre bibliotecas, e possui pilares estruturantes na formação de leitores, incidência em políticas públicas e ação em rede. Projeto remição da pena pela leitura – Biblioteca Pública Municipal Professor Romeu Ulysséa Origem: Laguna/SC A Biblioteca recebe adolescentes que cometeram infrações (CREAS) e adultos (pena alternativa), traça um perfil, e os envolve nas atividades educativas da biblioteca, na criação de jogos, (material sucateado), como também na seleção de textos literários. São formados catálogos com textos escolhidos pelos participantes – conto, poesia, piada, etc. Por último, foi criado o Projeto Remição da Pena pela Leitura, que envole visitas à Unidade e contação/dinamização da leitura.