Superintendente da Fundação Itaú Social, vencedora da categoria ONGs do Prêmio IPL Retratos da Leitura do ano passado (com a iniciativa Leia para uma Criança) e jurada de 2017, Angela Dannemann comenta os projetos da edição atual e reforça a importância do reconhecimento de trabalhos que fomentem a leitura no Brasil. Além de executiva da Itaú Social, Angela é Líder Parceira da Fundação Avina, participa do Conselho Deliberativo da Associação de Assistência à Criança Deficiente – AACD, da Fundação Octacílio Coser – FOCO e do Instituto Verdescola; do Conselho Fiscal da Associação Educacional e Assistencial Casa do Zezinho, do Conselho Superior de Responsabilidade Social – CONSOCIAL FIESP e é associada da Associação Brasileira de Avaliação Educacional – ABAVE, da Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação – RBMA e da American Evaluation Association – AEA. Plataforma – Como é passar do posto de vencedora ao de jurada? Como está sendo sua experiência na edição de 2017? Angela – É uma grande honra e alegria estar nas duas funções! Vencer na categoria ONG, já na 1ª Edição do Prêmio, significa que estamos no caminho certo para difundir o hábito da leitura onde quer que a criança esteja, na creche, na escola e em casa, com a família, como também nas atividades nas organizações sociais comunitárias e nas bibliotecas comunitárias. Este ano, participando do júri, a responsabilidade se amplia e se enriquece. Ao compartilhar essa responsabilidade com outros parceiros numa rede, temos maior potencial para transformar o Brasil em um país de leitores. Plataforma – O que mais chamou sua atenção nos projetos que concorrem ao Prêmio Retratos da Leitura 2017? Angela – Todos os projetos me parecem encantadores, na medida em que facilitam o acesso à leitura de qualidade. Uma particularidade que me chamou a atenção são as propostas que envolvem o compartilhamento da leitura, seja pela mediação, pelas rodas, pela formação e ampliação de públicos ou pelo incentivo a novos escritores. E um ponto importantíssimo que se observa na lista dos indicados é o alcance regional desses projetos, atingindo um número cada vez maior de cidadãos. Plataforma – Premiar ONGs que desenvolvem ações de incentivo à leitura, além de dar visibilidade aos trabalhos, ajuda a trazer novos parceiros e patrocinadores a elas? Angela – Na Fundação Itaú Social nós acreditamos que o maior benefício do reconhecimento para as organizações sociais é a oportunidade de aprendizado e de articulação de trabalho em rede, fazendo com que boas práticas sejam compartilhadas e aproveitadas em diferentes situações e regiões. E como organizadores do Prêmio Itaú-Unicef, conseguimos ver esse efeito na prática a cada edição. Por isso, temos segurança de que a chancela do Retratos da Leitura confere uma credibilidade ainda maior aos projetos e abre portas para diversas formas de parceria. Qual é a importância de um prêmio como o Retratos da Leitura para a transformação do Brasil em um país de leitores? Reconhecer e disseminar boas práticas é, sem dúvida, importante incentivo para trabalhos realizados com seriedade, focados em levar ao público o que há de melhor. O Prêmio Retratos da Leitura dá visibilidade a essas práticas, as incentiva e dá luz a experiências que podem ser aproveitadas e compartilhadas por outras organizações. Fomentar a leitura e fazer com que esse hábito chegue a todos os cantos de um país tão grande como o nosso é uma tarefa árdua, que só terá êxito se contar com o envolvimento do maior número possível de parceiros. O Prêmio contribui para formar e fortalecer essa rede.