Foto: Janine Moraes, Minc Janine Durand tem uma longa carreira dedicada à leitura. Especialista em políticas públicas, se dedica há vinte anos às áreas de educação, cultura e equidade social. Nesse período, foi esponsável por implementar mais de 100 clubes de leitura, em 25 cidades brasileiras. Realizou projetos em livrarias, escolas, espaços culturais, ONGs e presídios. Atualmente coordena diversos programas de formação de leitores no Brasil, dentre eles, o Programa Prazer em Ler do Instituto C&A e o Programa de Clubes de Leitura do Comitê de Cultura do Grupo Mulheres do Brasil. Conheça as expectativas de Janine, que faz parte da comissão julgadora do Prêmio IPL, para a edição deste ano: Quais são suas primeiras impressões sobre os inscritos para a edição de 2017 do Retratos da Leitura? Estou super animada porque todo mundo que participa do júri está trabalhando, de algum modo, para formar leitores num Brasil não leitor. Então, ter noções real de lugares de fala, de estratégias de fortalecimento de espaços de leitura ou de formação de leitores que a gente não conhece é algo extraordinário. Penso também na possibilidade de estabelecimento de redes de contato, de trocas de experiência, que é um dos objetivos da Plataforma Pró-Livro, ambiente que abriga os projetos. Pra gente é empolgante ter esse mapa desenhado e imaginar o que pode ser feito a partir dele. De que forma as inscrições voluntárias transformam a premiação? Quando pessoas e organizações que desenvolvem projetos de leitura voluntariamente se colocam no Prêmio, elas o reconhecem como algo relevante. Permitir inscrições, em vez de fazer indicações, também é uma forma mais democrática de todos termos acesso a programas e iniciativas com importância e relevância nas regiões em que são realizadas. Qual é a importância de premiar ONGs que desenvolvem projetos de leitura? Muitas vezes os projetos desenvolvidos por ONGs têm grande impacto em comunidades locais, mas eles não são conhecidos por possíveis parceiros ou patrocinadores. Ter a oportunidade de premiar bons programas ou deixá-los como finalistas dá a eles um potencial grande para que possam dialogar com públicos que talvez não tivessem o olhar voltado para tais iniciativas. Eu acho que ser um projeto finalista de uma premiação facilita bastante nesse sentido.