O estudo refere-se apenas a venda de publicações físicas e o subsetor mais afetado pela crise foi o de livros científicos, técnicos e profissionais SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nos últimos dois anos, editoras acumularam um recuo superior a 17% afetados pela crise econômica no país. Só em 2016, as vendas de livros caíram 5,2% no Brasil, aponta pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo) divulgada nesta quarta (17) pela CBL (Câmara Brasileira do Livro) e pelo Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livros). A estimativa é feita a partir dos dados de uma amostra das editoras, analisada em relação à performance do setor editorial. Um dos pontos de destaque da pesquisa é o impacto da retração econômica brasileira no mercado livreiro. Seguindo o cenário de 2015, que alcançou os 12,6% negativos no setor, houve em 2016 um decréscimo de 5,2% considerando a variação do IPCA então vigente de 6,3%. Apesar do decréscimo do ano passado ter sido reduzido em relação ao anterior, o impacto acumulado de dois anos de índices negativos é grande. Ainda segundo a Fipe, o subsetor mais afetado pela crise foi o de livros científicos, técnicos e profissionais (CTP) -foram menos de 4,5 milhões de exemplares vendidos: uma queda nominal de 10,5%. A pesquisa refere-se apenas a venda de livros físicos. Em agosto sai o Censo do Livro Digital, estudo inédito que ficará responsável por mapear toda a produção digital brasileira.