Projeto Céu de Histórias chega a São Paulo

Instituto Pró-livro, em parceria com a Fundação Stickel e a Publicis Salles Chemistri, promove o “Céu de Histórias” no CEU Paz da Brasilândia

Neste sábado, dia 19, foi a vez da comunidade de Brasilândia receber pipas com trechos de livros infantis em ação de incentivo à leitura

Depois de ter conquistado as crianças do Rio de Janeiro, o Céu de Histórias, projeto do Instituto Pró-Livro em parceria com a Publicis Salles Chemistri, chegou em São Paulo. Em colaboração com a Fundação Stickel, neste sábado, cerca de 200 crianças que estavam presentes no CEU Paz, situado da região da Brasilândia (zona norte da cidade), foram surpreendidas com uma revoada de pipas coloridas que invadiram os céus do local. A surpresa foi maior ainda quando elas foram “resgatadas” pelas crianças. Cada uma dela continha textos de obras de importantes autores nacionais, como o escritor e cartunista Ziraldo e os escritores Pedro Bandeira, Ana Maria Machado, Roseana Murray, Silvia Orthof e Leo Cunha.

Ao todo foram produzidos seis modelos de pipas com diferentes ilustrações, criadas em parceria com alguns dos principais estúdios do Brasil, o que tornou os textos ainda mais atraentes. Abaixo de cada trecho, o nome do livro e a página do qual foi retirado, de forma que a criança possa continuar a leitura nos livros que agora também fazem parte da biblioteca do CEU, através de uma doação das editoras FTD e Melhoramentos.

A ideia com essa ação é de estimular o interesse pela leitura através do lúdico. “A pipa é um dos principais passatempos das crianças em comunidades carentes. Nossa ideia, com o projeto, é de poder despertar uma representação positiva e prazerosa em relação ao livro e a literatura”, comenta Marcos da Veiga Pereira, presidente do Instituto Pró-Livro.

“O Céu de Histórias presenteia as crianças – em alguns casos pela primeira vez — com um pouco de literatura”, diz Zoara Failla, organizadora do livro Retratos da Leitura no Brasil, do IPL. “O gosto pela leitura, como toda paixão, é algo que precisa ser ‘conquistado’”, conclui.

Uma das crianças já conquistadas pela leitura é Mariana Oliveira Santos, que esteve presente na ação. A menina de 9 anos, que acabou ficando com uma pipa contendo um trecho do Menino Maluquinho, adorou o projeto. “Eu achei uma coisa bem criativa, tem bastante cultura e as crianças gostam de ficar brincando de pipa. É diversão com leitura. As coisas que eu mais gosto são a leitura e a magia e, aqui eu misturei as duas”.

Segundo Cremildo, pai de Mariana, a menina é uma leitora voraz desde os 4 anos, quando tirava das mãos dele o livro que ele tinha escolhido para ela mesmo poder contar a história para os pais. “Nós sempre procuramos incentivar isso nela para fazer com que estivesse mais preparada quando entrasse na escola. Em minha opinião projetos como esse tinham que ser aplicados todos os dias, não só no CEU, mas em todas as escolas”, ressaltou ele, completando que “brincadeiras” como essa fazem com que a leitura não seja encarada como uma obrigação. “Quando a criança vê isso como uma brincadeira, como uma interatividade, ela acaba se interessando mais”.  

Até hoje, o projeto já foi colocado em prática em duas oportunidades, uma no Morro Santa Marta, e outra durante a Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Atingindo, até o momento, quase 1.000 crianças. No site www.ceudehistorias.com.br é possível ver um filme sobre a primeira ação do projeto, além de obter informações de como apoiar.