O desenvolvimento do setor livreiro no Brasil

Em levantamento inédito, a Associação Nacional de Livrarias (ANL) realizou, junto a suas associadas — que representam 67% do setor entre pequenas, médias e grandes livrarias — uma amostragem sobre o desenvolvimento do setor livreiro no Brasil  
 
A primeira questão abordou a expectativa de crescimento que tinham no início de 2008 comparativamente ao ano de 2007, que foi em torno de 12,12%. Em seguida o levantamento questionou se a meta seria atingida (ele foi realizado entre as duas últimas semanas de novembro) e a média real se apresenta em 10,46%, incluindo o mês de dezembro.  
 

“Nosso principal objetivo foi o de conhecer melhor os números do segmento livreiro, tendo como base nossas associadas. Quanto as livrarias de pequeno e médio livreiro representam no segmento. O quanto elas vendem, qual seu faturamento anual. Desta forma poderemos identificar suas necessidades e dirigir as ações da ANL para o aperfeiçoamento deste setor.” define o presidente da ANL, Vitor Tavares.  
 
“O aquecimento do setor livreiro, que apresentou um crescimento de 10,46%, em 2008 comparativamente a 2007, deve-se principalmente ao aumento do poder aquisitivo do brasileiro – que se refletiu em todos os demais segmentos de cultura e consumo em geral – e as diversas campanhas e políticas de difusão do livro no país, muitas delas por iniciativas governamentais, que estimularam a leitura, principalmente, a infanto-juvenil, segmento que mais cresceu no setor, segundo os participantes do levantamento. Não podemos deixar de destacar, ainda, a desoneração do Pis/Confins que ajudou a manter preço médio do livros abaixo da inflação, exceto o livro didático com políticas diferenciadas”, complementa Vitor.  
 
Sobre o faturamento esperado para o ano de 2008, média por livraria, o estudo apresenta os resultados por faixas de faturamento que variam de R$ 400 mil e R$ 3 milhões e acima de. As pequenas livrarias, que apresentaram um faturamento entre R$ 400 mil e R$ 600 mil, são 37% da amostragem; já as médias — que faturaram R$ 600 mil e R$ 1,5 milhão — representaram 45% da amostragem. As grandes redes, a partir de R$ 1,5 milhão e R$ 3 milhões e a cima de, foram 18%.  
 
Para 2009 a expectativa média, apontada pelos entrevistados foi de 11,89%, comparativamente a 2008, mas a ANL acredita que essa estimativa será inferior a de 2008, como reflexo da crise mundial, que ainda não havia sido detectada a época do Levantamento.  
 
 
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