8 e 9 de Novembro – Seminário ”E aí, Biblioteca pra quê?” – Sesc Interlagos -São Paulo

O espaço parecia vazio. Poucas pessoas circulavam. 
Era frio, era um vão. 
Mas alguém percebeu. Alguém visualizou. 
Que havia muito ali. O ambiente estava preenchido de potencial. 
Livros… 
Livros… 
O que trazem? 
Ampliam o conhecimento? Sim, é uma boa resposta. 
Existem frases poderosas sobre conhecimento. 
O filósofo Francis Bacon afirmava “Conhecimento é poder”. 
Sigmund Freud, médico neurologista, conhecido como criador da psicanálise, dizia: “só o conhecimento traz o poder”. 
Mas quem disse que a leitura é apenas uma fonte de poder? 
Mario Quintana, poeta brasileiro, tinha uma forma diferente de falar sobre o assunto: “o livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado”. 
Não apenas os poetas tem uma visão mais —145—doce—146— sobre o tema. 
Platão, filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, personificou o livro com mais intensidade: “o livro é um mestre que fala mas que não responde”. 
Essa personificação é levada muito a sério pela escritora e diretora de filmes, Marguerite Duras, que disse: -“caminhais em direção da solidão. Eu, não, eu tenho os livros”. 
Clarice Lispector, escritora brasileira foi mais ousada: “não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante”. 
Além de personificar, Francis Bacon também acrescentou que “há livros de que apenas é preciso provar, outros que têm de se devorar, outros, enfim, mas são poucos, que se tornam indispensáveis, por assim dizer, mastigar e digerir”. 
Essa frase marca uma questão importante, os livros são alimentos da alma. Sendo assim, as Bibliotecas são as geladeiras ou despensas que conservam estes alimentos em bom estado e acessíveis a todos. 
Jorge Luis Borges, escritor argentino, tinha uma imaginação muito otimista: “sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria”. Ele viveu até 1986 e, provavelmente, descobriu que o paraíso é uma biblioteca comunitária. Cada um doa o que pode e lê os livros sem pagar por eles. 
E para os mais exigentes… “Se ao lado da biblioteca houver um jardim, nada faltará” – Cícero, filósofo da Roma antiga. 
Você pode também resumir —145—Biblioteca—146— em uma frase. Quem fez isso muito bem foi Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro, “há livros escritos para evitar espaços vazios na estante”. 
E para todas as Bibliotecas do Brasil e do mundo ganharem voz, Martha Medeiros, escritora e jornalista brasileira, fecha este trecho de citações com uma salva de palmas: “de todos os que preenchem nossa solidão, são os livros os mais anárquicos, os mais instigantes. Leia, e seu silêncio ganhará voz”. 
 
Nos dias 8 e 9 de novembro, acontece, no Sesc Interlagos, o seminário “E aí, biblioteca pra quê?”, que dialoga sobre as diferentes perspectivas existentes e os envolvidos nas tramas da leitura em São Paulo, expondo o panorama da leitura e refletindo sobre as necessidades de bibliotecas comunitárias e iniciativas de incentivo à leitura. 
 
O objetivo do seminário é abrir um espaço para dialogar sobre os projetos e trocar ideias e informações para a reflexão sobre a relação entre a leitura e a comunidade; além de apresentar diferentes iniciativas de leituras e bibliotecas de São Paulo. 
 
Para esquentar o debate, o Sesc Interlagos pediu para algumas pessoas, que atuam na área de literatura ou têm vínculo com o BiblioSesc (projeto de biblioteca ambulante), escreverem a partir da mesma pergunta: 
 
“E aí, Biblioteca pra quê?” 

Acessem o site para continuar lendo e participem. http://www.sescsp.org.br/online/artigo/7107_E+AI+BIBLIOTECA+PRA+QUE#/tagcloud=lista